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A importância da amamentação para a saúde do bebê é unanimidade entre pediatras e outros profissionais da saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Isso significa que, até essa idade, o ideal é que o bebê seja alimentado apenas com o leite materno. Outros tipos de alimentos ou bebidas devem ser introduzidos na alimentação do bebê apenas sob recomendação médica.
Nem sempre a amamentação ocorre de maneira tranquila. Há casos em que o leite produzido pela mãe não é suficiente ou é difícil realizar a pega correta da mama. Também há mulheres que sofrem com dores, lesões e inflamações que dificultam ou até impossibilitam a amamentação.
O importante, nesses casos, é afastar o sentimento de culpa e entender que amamentar um bebê não é algo mágico nem que precisa ocorrer de forma perfeita desde o início. Como tudo na vida, é uma situação que envolve aprendizado e apoio das pessoas ao redor.
A boca do bebê deve ficar em torno de toda a auréola do seio, e não apenas do mamilo. Isso ajuda a evitar machucados na mãe e que o bebê engula muito ar. Os lábios do bebê devem ficar virados para fora, formando uma “boca de peixinho”.
A posição do bebê enquanto mama
- O rosto, a barriga e o tronco da criança devem ficar voltados para a mãe.
- O tronco do bebê deve ficar levemente elevado. Esse cuidado reduz os riscos de refluxo, engasgo e infecção de ouvido (otite).
- Para equilibrar a produção de leite, o bebê deve mamar em uma das mamas por 10 ou 15 minutos. Em seguida, coloque-o para arrotar. Depois ofereça o outro peito até o bebê se afastar por si mesmo. Por fim, coloque-o para arrotar e, na próxima mamada, comece pelo último peito em que o bebê mamou.
- Caso a mãe não esteja produzindo leite suficiente, aumentar a frequência de amamentações pode estimular a produção. Antes de decidir pela complementação com fórmula, é preciso consultar o médico pediatra.
- Se a mulher estiver com produção excessiva de leite, é possível reduzir o inchaço do peito retirando até 30 ml de leite. Extrair mais do que isso pode ter efeito contrário: estimular ainda mais a produção.
- Dica para a gestante: é melhor deixar para comprar sutiãs de amamentação só depois que começar a produzir leite, pois o tamanho das mamas pode mudar bastante.
Não existe uma resposta exata para essa pergunta. Afinal, cada bebê é único. A maior parte dos recém-nascidos mama entre 60 e 90 ml por refeição, em intervalos de três ou quatro horas, durante o dia e à noite. Conforme o bebê cresce, ele tende a reduzir o número de refeições.
Durante o primeiro mês, o bebê tende a sujar de 6 a 8 fraldas por dia. Quando tem fome, ele abre a boca, como se estivesse procurando o peito da mãe. Na primeira semana, o bebê costuma perder peso. Depois, ele passa a engordar cerca de 30 gramas por dia.
Dos 2 aos 6 meses, o bebê tende a estabelecer um padrão de consumo de leite. A maioria demanda oito refeições diárias e engorda entre 15g e 30g por dia. Morder o braço e chupar os dedos são sinais típicos de fome.
Além disso, o leite materno muda ao longo do tempo:
- Nos primeiros dias do recém-nascido, o leite se apresenta como um fluido amarelado e espesso. É chamado de colostro (ou pré-leite) e é rico em anticorpos.
- No final da gravidez, os seios já podem produzir o colostro e é normal que o líquido vaze de vez em quando. Mas não existe regra: outras gestantes não têm vazamento nenhum antes do parto.
- Durante a mamada, primeiro sai um leite mais aguado, para hidratar o bebê; depois, o leite se torna mais espesso e nutritivo.